terça-feira, julho 12, 2016

Daviz Simango defende exoneração do PM e do Ministro das Finanças

Por “faltarem à verdade” sobre as dívidas ocultas
O líder do MDM, Daviz Simango, defende o afastamento do primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, e do ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, por alegadamente terem faltado à verdade nas primeiras informações prestadas sobre o caso das chamadas dívidas ocultas.
Daviz Simango, que falava à imprensa na sua chegada à cidade da Beira, proveniente da Alemanha, onde participou no 7º Fórum Global para Adaptação Climática, considera que, neste momento de crise de confiança com os credores, o Governo devia mostrar à comunidade nacional e internacional sinais claros de mudança nas suas políticas financeiras e económicas, com vista a reconquistar a  confiança dos investidores nacionais e internacionais.
“Um dos sinais é trazer ao país auditores externos, livres das amarras internas. E porque não a demissão do  ministro da Economia e Finanças e do primeiro-ministro, por primeiramente terem faltado à verdade aos moçambicanos relativamente à dívida pública”.
Na mesma ocasião, Daviz Simango defendeu que os parceiros internacionais de Moçambique deviam passar a apostar em investimentos directos nos sectores privados no país, com vista a contribuir para a robustez das empresas, que dia após dia estão a encerrar por não estarem a produzir, e dezenas de compatriotas vão diariamente à rua”.
Plano de austeridade
Daviz Simango analisou, também, o plano de austeridade anunciado pelo Governo para fazer face à crise orçamental, através do qual, segundo os números apresentados, vai poupar-se 26 biliões de meticais.
Para o edil da Beira, o plano anunciado não é resposta adequada para tirar Moçambique das dificuldades financeiras em que se encontra. “Para sacudir a crise financeira que o país está a enfrentar e fazer face à dívida pública, sou de opinião que o Governo devia apostar em políticas claras no sector de agricultura e na industrialização”, disse, acrescentando que “apostando na agricultura e na industrialização, deixaremos de gastar divisas na compra de alimentos e vamos gradualmente estabilizar financeiramente”.


Fonte: O País – 12.07.2016

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